Por Vezes escrevo em vão, sinto que sei tudo e descubro nada saber, olho á volta e não sei o que dizer.
A mais simples composição de palavras que sonho redigir, demonstra vagas e inúteis ideias e deixam-me perdida, á volta de uma rotunda de conhecimentos que embora pense dominar, na verdade, desconheço.
Respiro fundo, apago a luz e adormeço. Assim, posso ir governar um Mundo, que maioritariamente conta uma pequena história por mim protagonizada.
Por vezes, deixo que o pensamento me guie e vou seguindo como se o meu futuro já tivesse sido escrito.
Não resisto. Perco-me e não penso, não tento encontrar-me e ninguém me procura ou se procura, nada consegue encontrar porque eu nunca chego a vê-lo(a).
Fujo de toda a gente e ao mesmo tempo sinto fugir de ninguém. Em momentos de lucidez percebo que a única pessoa a quem consigo realmente fugir foi de mim mesma, mas essa, nunca cheguei a encontrar.
As únicas palavras amargas que murmurei, sobre mim recaem, os sorrisos que outrora soltei ficaram perdidos na tempestade e os olhares, esses tu recordas. Já não lembras provavelmente o quanto tudo significou, pois talvez tenha estado sozinha até na altura de atribuir significado, para não variar. Simples gestos mudaram tudo e o meu pensamento era alimentado por cada passo por ti dado. Aqueles que sem saberes me guiavam.
Devido ao homem ter tendência para ser parcial para com aqueles a quem ama, injusto para com aqueles a quem odeia, servil para com os seus superiores, arrogante para com os seus inferiores, cruel ou indulgente para com os que estão na miséria ou na desgraça, é que se torna tão difícil encontrar alguém capaz de exercer um julgamento perfeito sobre as qualidades dos outros.
Confúcio, in 'A Sabedoria de Confúcio'
“A outra abordagem da solidão,
É a solidão que você acha que não vai agüentar, que é pesada demais,
Solidão que você jura por Deus que não merecia...”
Oswaldo Montenegro
Não tem necessariamente de ser uma ‘solidão’, porque existem dias em que achamos que a vida está mais pesada do que aquilo que podemos carregar, mais triste do que aquilo que podemos suportar, pior do que podemos imaginar...
No entanto tudo na Vida é relativo. Isto descobre-se quando se revela a diferença de pesos que cada pessoa consegue carregar.
Quando se atinge um limite, elimina-se o beijo salvador do amor verdadeiro de um príncipe encantado, e reconta-mos uma história na qual aparecemos a cair do alto de uma torre, porque aqui já o ser humano se esqueceu de que já não é tão criança e que não tem longas tranças. O que acontece, é que o tombo vem acordar-nos e faz-nos perceber que apesar da queda, ainda estamos vivos!
A meu ver, a vida é dividida em duas partes iguais: o bom e o mau, 50% para cada lado.
E a única solução para estes dias em que tudo parece estar contra o que achamos aceitável, é lutar pela parte boa, apontar para esta parte toda a concentração e finalmente acabar com todos os dramas!
Assim, quem sabe, no dia em que acordares e sentires ‘mais solidão do que aquela que merecias’, carregando um peso maior do que aquele que podes aguentar ou achares que a tua vida está mais difícil do que a dos outros, vais possivelmente olhar para um espelho e gritar: Chega de dramas, eu não estou sozinha!
Tão elaborado como o piar de um pássaro, tão leve coma as suas penas, tão forte como o seu bico, tão frágil como a sua vida, tão puro como o seu viver. É isso que é amar, tanto se chora como se ri, tanto se é feliz como tudo muda. Bem, na verdade tanto nos faz bem como nos faz mal.
Têm inimigos, um deles é o relógio. Os seus ponteiros a ninguém obdecem e ora resolvem parar ora resolvem correr, e quando menos queremos, param novamente.
Outro dos condicionantes (inimigos), são os próprios homens(com letra minúscula) que nada percebem desta palavra, brincam com os outros e deixam transparecer a sua ignorância relativamenta ao substantivo.
De cada vez que chegavas, sem nada teres de fazer despertavas uma luz, essa luz deixava-me perdida, mas eu não queria saber. Ficava perdida mas iluminada.
A tua maneira de pensar encantava, não sei porque.
Rapidamente esgotavas as palavras, e eu ficava alí a olhar-te sem perceber que caminho estava eu a seguir.
Á noite, essa mesma luz não me deixava dormir, e se a luz do telemóvel acendeu uma vez, tal coisa não voltou a contecer, mesmo assim, dessa vez não percebi o que quizes-te dizer.
Essa fonte onde eu ía buscar a alegria que primeiro caia em abundancia, com a chegada do “Inverno” rápidamente congelou e agora anseio por uma só gota, que ninguém ajuda a que chegue.
Hoje, estou aqui pousada, sem que tu saibas. Estou perdida e á espera que chegues, já perdi a esperança e sei que tu não vais chegar, tenho muito medo que esse “Inverno” não vá embora rápido.
